27 de outubro de 2014

Sobre Corrupção

Depois que a Dilma foi reeleita (por volta das 20h30 desta noite) eu briguei com muita gente por causa de posicionamento politico.

E depois de tudo isso, começo a entender o porque dos votantes tucanos acharem os esquerdistas são pessoas tão chatas: Porque nós temos argumentos, e eles não.

O único argumento que todo mundo grita em unisono é sobre a corrupção.

Eu, alias, no primeiro turno não votei no PT. Não votei porque estava muito descontente com alguns acontecimentos do governo da Dilma. Sobretudo com a grande corrupção.

Votei em Luciana Genro, com sua politica de esquerda radical, pois tenho o pensamento de que o governo deve governar para o povo em sua maioria, que aqui no Brasil, é o cara pobre, e não os burgueses que a direita tanto defende.

Luciana Genro defendia um posicionamento muito semelhante com o PT, mas tambem tinha a posição de não se envolver com grandes empresas e empreiteiras, ter apenas dinheiro limpo, para que o PSOL não entrasse no mesmo erro que o PT: A corrupção, que realmente é inegável.

Mas a verdadeira questão não é sobre a corrupção em si, pois corrupção existe em qualquer lugar (desde o deputado do mensalão, até o troco a mais que você não devolveu na padaria hoje de manhã). A grande questão na verdade está na punição desses corruptos.

E agora eu te pergunto... Onde mais que você viu políticos serem presos por corrupção que não fosse no governo de Dilma?

Claro que o julgamento do mensalão foi amplamente considerável pela mídia, pois os principais envolvidos eram políticos petistas. Mas, porque a mídia não esta falando tanto do cartel tucano dos metrôs paulistanos? Alias, no raking dos maiores escândalos de desvios de verba publica da historia do Brasil, todos são escândalos do PSDB. E adivinha só? Todos os envolvidos estão soltos, e ninguém está falando desses escândalos.

Ou seja, corrupção existe em qualquer lugar. O PSDB esconde seus ladrões, enquanto a Dilma os aponta e os pune. Nenhum presidente vai conseguir acabar plenamente com a corrupção, mas talvez diminui-la. Talvez um politico ladrão comece a pensar duas vezes antes de qualquer ato ilícito.

Então você que defende o PSDB, achando que é o partido da mudança, comece a estudar um pouco mais sobre história do Brasil, e veja como era o País nos 8 anos de FHC, e como o Brasil ficou com os 12 de PT. Não diga sobre corrupção, se você não sabe como tratar dela. Não use argumentos fúteis e pequenos, e acima de tudo, estude, leia o jornal de diferentes fontes, e comece a ter seu próprio pensamento, e não o que querem que você tenha.

Respeito todo tipo de pensamento, desde que ele seja fundado em algo de verdade.

16 de outubro de 2014

Dengue

Mai *réde junto menino,
pra esse papo escutá.
É a historia de Barnabé,
um véio sin vergonha qualquê.
Mas a prosa é interessante,
vide que vista esta
das conversa do caduco Mané.

Barnabé ainda bebê
tomava leite de canudinho
de tanta *mamparra que tinha
pá chupar nu peitinho.
Mais tarde na escolinha,
enquanto os menino a sola gastava
de chinela havaiana no pé,
o pequeno barnabé,
só de carrinho de mão andava
e nada da bota usava.

Durmia o dia intirin'
de baixo dos angazeiro.
Di barriga pru á,
tomando garapa
e tocando pandeiro.
O mais gordo da *famia,
era só falar de trampo,
que a moleza já batia.

Mas moço então crescia,
e Barnabé trabalho não tinha
e pá *pága as *regalia,
só se fosse de *caipira.
*Pique nele não havia,
e *garrô numa solução
para cair em *debandada.

*fito era simples,
e si *mancá Barnabé ia.
*escorá parô de lavá,
e o pé esquerdo a unha cortá.
Dum lado *urupé crescia
du oto a unha encravaria.
Toda vez qui seu pai ia pra roça,
Barnabé sempre mentia
que nos pés um fado tinha,
se não pra sina também ia.

Vida mansa era 'que queria,
nada de vida severina,
Barnabé doença não tinha
e ofício algum o *apetecia.
Dizia até os *mexeriqueiros
que seu pé parecia o de galinha,
que muito grave era,
e que solução nenhuma havia.

Inté hoje Barnabé *acamado afirma,
e vive de sua aposentadoria.
Nenhum *dotô sabia,
porque nenhuma doença parecia.
Mas o povo sabedoria tinha,
e isso há muito tempo atrás,
"*Dengue", era o que todos diziam,
aquela moléstia sem cura,
que Barnabé tanto sofria.

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