28 de dezembro de 2015

Não se assuste com o açougue

"não se assuste com o açougue. nele só tem coisas mortas que alimentam os carnívoros"

se 2014 foi ascensão, 2015 foi a mais louca queda pelo abismo.
e como diz o ditado popular: quanto mais você sobe, mais alta é a queda... e eu estava realmente alto.
pois é... pode crê que estava.
certa mesmo estava a minha BFF Mah ao falar que, se ano passado foi dois mil e catarse, esse foi dois mil e crise...
pois é... pois é... ainda não arrumei um bom trocadilho para 2016...
e quem diria que aquele papo bobo de 'plano de suicídio a longo prazo' daria tão certo e num prazo não tão longo assim... tsc tsc.
não quero ser prepotente em dizer que aprendi, mas vivi.
de qualquer forma sempre acreditei no poder do processo e da aprendizagem. se você quer ser bom em alguma coisa, estude-a até ser o melhor nela.
e em processos de alto destruição, conheça seu deus.
'a porra de um maluco' era como eu sempre me apresentava...
não que esse ano tenha sido de todo mal... afinal, aquele juvenil arrogante que começou a fazer faculdade em 2012, se formou e talvez um pouco menos arrogante.

minha filosofia pessoal era: não se importe com ninguém, e não deixe ninguém se importar com você, porque o buraco em que você quer se enfiar ninguém vai gostar de ver.
hoje já não concordo tanto assim com isso.

viva e deixe viver, a vida nunca te prometeu nada.

"O que está morto não pode morrer, mas volta a se erguer mais duro e mais forte"
- Oração comum do deus afogado, Casa Greyjoy

sei que estou grato, sentimento que a muito tempo não sentia.
me sinto grato por tanto e por tantos que é inviável falar de todos. em certos aprendizados chegaria a ser antiético expor aqui gratuitamente, mas se você esta lendo esse texto até agora, é porque minimamente se importa, e por isso agradeço.

30 de agosto de 2015

Boa Noite

sempre que dizia boa noite, lembrava-se dela.
em tempos conturbados e confusos, e sob a visão de algo novíssimo, ele apenas queria ser ser alguém normal, sem pretensão ou exigências. tomou como filosofia de vida e rotina, parou de pensar no destino, e sim no processo do caminho.
quando a conheceu não queria pensar nela, mas seus olhos se fundiram, não por necessidade, mas por correspondência.
"ė areia demais", era o que pensava.
"aconteceu", era o que todos diziam.
sua fala era calma e adiante, sem pausas ou tremedeiras. a voz e o pensamento enfim trabalhavam em uníssono, como um sistema mecânico perfeito e sem defeitos.
bom dia na alvorada, boa tarde no almoço e boa noite como um desejo pleno de que nada catastrófico acontecesse até o próximo bom dia.
e em tempos tão rudes e maléducados, se perde os bons costumes subvertendo-se em convenções formais demais para a agilidade urbana.
mas ele realmente queria que ela tivesse uma boa noite.
ele mesmo tão sem pretensão, percebeu nela os sinais de que o desejo não era apenas seu, de que não estava maluco ou vendo coisas, de que de alguma forma ela se interessou.
naquela festa a viu de longe, sempre tão cercada e requisitada. "é areia demais" pensou. não conseguiu lidar e fugiu, fez más escolhas, mas resolveu voltar ao perceber de que não precisava conquista-la, pois ela já era sua.
conversaram tempo demais para o tempo real, mas viveram bons momentos para o tempo vivido.
foi só então naquela noite, naquela noite, que tiveram uma boa noite.

4 de agosto de 2015

[O NOME DE DEUS] em produção

Platão afirmava que existem dois mundos, o mundo sensível (a realidade em que vivemos, o mundo concreto) e o mundo das ideias. No inicio existiam apenas ideias: O bem, a verdade e o humano, então veio um ser superior e decidiu criar coisas a partir do que ja existia, criando assim o mundo que conhecemos, as pessoas, as sociedades e todos seus costumes e culturas. Para Platão sua criação foi muito rica, porém imperfeita, pois é apenas uma copia de algo que já existia.

"Há, pois, o mundo das idéias e o mundo das aparências. Quem não percebe isto vive como que numa caverna, onde o conhecimento se faz por meio de sombras..."

- Trecho do Livro Sétimo de "A república" de Platão.

Observação de desenvolvimento do conto "Nome de Deus".

30 de junho de 2015

Tendência Global


Li essa entrevista com a Marieta do globo, minutos depois de ter assistido o vídeo da resposta dela para o Faustão em seu próprio programa no domingo passado, (não, não cheguei a ver ao vivo) e achei muito engraçado o jogo de palavras que o jornalista usa para chamar o leitor à entrevista.

Pensei: UÉ? Uma mulher que dá uma chapuletada em um dos considerados maiores apresentadores da televisão brasileira atual, nunca falaria que nosso país vive em um retrocesso.
Resolvi ler, e me deparei com respostas da atriz desse naipe:
"Você é contra a redução da maioridade penal?
Sou completamente contra. Sou contra muita coisa que está em evidência e que, para a minha geração, é chocante. Há um retrocesso que nunca imaginei. Sou da década de 1960, do feminismo, da liberdade sexual, das igualdades todas. Quando você tem essas conquistas, a tendência é achar que elas estão conquistadas dali para a frente. Quando volta esse moralismo, e esse mundo religioso começa a ditar as regras, é muito assustador."

E aí eu penso: quem foi que sequer ligou pra essa critica da mentalidade conservadora em uma das maiores rede de comunicação do planeta? (alias, MARIETA 2 x Globo 0) e porque ninguém esta ligando?
Existem pessoas que sequer entenderam o que ela disse, por falta de instrução adequada, ou porque está tão anestesiado na boa vida que tem, que não consegue olhar para o próximo, e ver que ele está passando necessidade.

E para os mais letrados, dos dois lados, uma entrevista como essa com a atriz Marieta Severo, não chama muito a atenção logo pelo seu nome:
- O de direita só quer saber sobre seu novo filme, e como ela mantem esse corpinho em sua idade.
- O de esquerda já está cansado das baboseiras que falam, e não quer mais ver uma mulher rica falando sobre inclusão social.

12 de junho de 2015

Ondas Mentais Transpostas

Eu acredito na mente.
Como arma de criação e transformação.
Sua maior aliada, a arte, é o conceito expressional do que o ser humano tem de melhor, que foi lapidado durante todo o processo de desenvolvimento do ser: a criatividade e a afetividade.
Não é de comum novo os grandes saltos do ser humano ao longo de sua historia. Chega a ser poético um homem das cavernas idealizar uma roda, ou polir uma pedra. Como naquela clássica elipse de 2001: uma odisseia no espaço, as ferramentas criadas são criadas a partir da necessidade, e se expande exponencialmente sem limites com a criação de novos costumes e vivências, logo novas necessidades a serem supridas.
Claro que só a mente não faz todo o trabalho. Apesar da ideia vir primeiro, a questão da fabricação e desenvolvimento de uma ferramenta depende quase que exclusivamente do corpo.
Das mãos.
Logo o humano se transforma na maior raça conhecida da história deste planeta, pois pensamos, e criamos.
Acredito porém que existe um mal nisso. O corpo como maquina biológica, precisa de descaço. Visto que os grandes senhores das era industrial já perceberam que as maquinas tecnológicas eram superiores a nós, pobres humanoides, na questão da construção do mundo físico, pois elas não param nunca.
Um robô não precisa parar de construir algo para dormir, ou comer.
Ou seja, Deus (seja ela quem for) fez uma grande pegadinha em nós dotar de um cérebro com a capacidade de criar novos universos, porém nos prende a uma realidade dependente do consumo: Alimento como combustível, e sono como recarga.
"Dormir é bom, mas viver é melhor ainda" foi uma frase que uma amiga minha certa vez me disse, e nunca nada faz mais sentido ao perceber as inúmeras oportunidades que esse mundo físico, criado a partir das ideias, tem a oferecer, e não aproveitamos por estamos de olhos fechados. Nosso mundo, onde tudo é mutável, e tudo se cria e é criado, a partir de um único olhar sob determinado angulo já basta para uma grande ideia.
A mente não precisa de descanso. Uma ferramenta de criação funcional, que usa como matéria prima o repertorio vivido por cada, que pode trabalhar por um tempo sem fim, sendo o único combustível dela a própria vida acordada.
A criação vem das mais diferentes vivências. Ao fazer um trabalho ou entorpecendo a mente. Ela não pára trabalhar nunca. Porém para a construção física destas ideias, o corpo precisa minimamente dormir e ser alimentado.
Não concordo com esta regra natural. Quero mais que só isso, e grito em alto e bom som: BESTEIRA!
Esse é o grande paradoxo: Na cabeça possuímos uma fábrica eterna, porém sustentada por um corpo que deve ser constantemente recarregável.
Chega a ser injusto viver em plenitude tão ampla, mas não ter energias suficientes para conhecer o todo como o todo é, será e deve ser, além de fazer parte desse todo também.
O tempo se torna desmedido.
Sendo assim vejo o próximo passo da evolução desta raça a que pertencemos seria a junção da força física sem fim, e a mente em constante funcionamento.
Porque ninguém consegue viver de xícara em xícara de café, esmolando energia para um próximo processo que de tão grande, já não cabe mais só mente, deve ser trabalhado e mostrado para o mundo.
Energia. É tudo sobre energia.

6 de junho de 2015

A Primeira Poesia

por fim foi encontrada a poesia,
aquela à distante sumida,
quase desconhecida e esquecida.

aquela dos arvoredos rígidos e verdejantes,
dos raios de sol sobre o rosto,
e ventos como os lábios das musas.

por fim, ela é a essência composta do todo.
tu é poesia, e a poesia está aqui.
só não enxerga quem não vive em poesia.

26 de março de 2015

Curto-Circuito

Você me perguntou uma vez se eu estava bem.
Me perguntou o que eu sentia sobre tudo aquilo que tinha acontecido.
Admito que internalizei muitos sentimentos sobre aqueles dias. Eu não conseguia nem falar direito sobre isso sem estremecer, e ainda sentia aquelas pressões no peito bizarras que eu eu dizia.
Lembro daquele dia. Lembro que eu menti.
A grande verdade é que as pessoas não gostam de ficar do lado de quem está mal. Demorei pra perceber isso, mas o questionamento é o primeiro passo para as conclusões, e ai eu me perguntei: O que realmente aconteceu? O que eu senti?
É, você tinha perguntado primeiro, mas eu era um garoto bagunçado. Tinha muita coisa errada, e aí você sabe... Uma coisa atrai a outra...
Alias, nem te contei que viciei em um joguinho de celular. City Bloxx. Você tem que construir prédios, E com um andaime pendulando você vai empilhando um andar em cima do outro até chegar no topo. Claro, como se fosse tão fácil... Mas na realidade é bem difícil. Você tem que colocar cubo após cubo enfileirados, em perfeita geometria, de uma forma que o prédio não perca o equilíbrio e caia. E a grande verdade é que, se você não encaixar perfeitamente o primeiro bloco, você nunca vai encaixar os outros.
Quanto mais torto os prédios, menor a população da sua cidade, e quanto menor população, mais vazia a cidade fica. E não é só por um final de semana estendido, era pra sempre. Uma cidade sem habitantes. Uma cidade fantasma.
Eu era a cidade fantasma.
E sabendo disso cheguei numa conclusão...
É... Na verdade eu já sabia disso...
...
Lembro de uma vez...
Eu era garotinho. Devia ter uns 8 ou 9 anos no máximo. Sabe como as memorias se misturam com outras...
Estava em casa com meus pais, estava chovendo forte, e já era tarde. Tudo estava escuro do lado de fora de casa, apenas uma pequena lampada 110 iluminava porcamente o ambiente. No lado de dentro estávamos em mais um desses finais de finais de semana, sentados na frente da televisão intercalando entre Casas dos Artistas e Fantástico. Mas alguém tinha chamado no portão. Lembro do meu pai reclamando "quem saiu de casa nesse temporal pra me visitar?".
Os dois foram conversar como um velho amigo, E eu fui atrás. Minha mãe me viu sem sandália e de cuequinha e não deixou eu pisar descalço no chão molhado porque estava trovejando muito.
Lá em casa sempre teve muita goteira, e aquele telhado da garagem sempre foi muito feio. Quando chovia forte tínhamos que espalhar baldes por toda a casa, mas sempre sobrava uma que esquecíamos, e molhava todo o tapete da sala, ou a mesa da cozinha. Eram sortidas.
Voltei emburrado pra dentro de casa caçando meu chinelo do Mickey, quando de repente a luz varanda pisca em grande claror. Uma luz incandescente o bastante para virar o rosto e queimar os olhos, então, um estalo de vidro se quebrando.
Uma infiltração tinha molhado os fios da lâmpada.
Aquele clarão que me chamou atenção, era o inicio do processo do curto circuito, que segundo o dicionário é quando há uma passagem elevadíssima de corrente elétrica em um circuito que não esteja preparado para receber tal carga.
Eu estava descalço com poças enormes ao redor, caindo grossas gotas de água do céu, e estava pegando fogo na fiação da minha casa.
Senti o calor do fogo forte, violento, dançando contra a minha parede. Olhava por todos os lados e só tinha água, escorrendo pelas paredes, e meus pés frios já molhados.
Ali era tudo o que eu conhecia. Meu pai, minha mãe, e uma noite de cinema em família. Não precisava me preocupar com nada, apenas em ser amado pelas duas únicas pessoas que sei que são sinceras comigo.
Esse era o meu mundo, e o fogo estava se preparando para consumir isso. Acredito que minha mente infante tenha fantasiado um pouco, mas naquela idade eu só lia gibi e brincava no quintal. Não tinha nada a perder, mas perder isso doía muito.
No final meu pai desligou o quadro de energia...
Foi foda...
Coisas ruins acontecem o tempo todo. Foi um tempo difícil, admito até que pensei em me matar, porque eu estava aterrorizado com todo meu mundo desabando, mais uma vez. Exatamente tudo que eu conhecia, estava sendo destruído, e eu já não teria mais para onde voltar.
Então eu não estava bem. Nunca estive bem.
Eu sentia terror.

26 de fevereiro de 2015

Eu não acredito em guarda-chuvas.

Eu não acredito em guarda-chuvas.
Primeiro por causa de sua pífia teoria de que alguns pedaços de arame, amarrado com um tecido impermeável, consegue segurar toda a força de uma tempestade; E se nessa altura do campeonato o homem ainda acredita que pode derrotar a força da natureza, bom... O choro continua sendo livre.
E na realidade o guarda-chuva é um tremendo de um empecilho, pois deve-se ter sempre um guardado na bolsa ou mochila, ou seja, sempre terá um peso constante nas costas.
Como dizia Saul Goodman: “Advogados... são como um plano de saúde. Espero que você nunca precise deles. Mas, cara, não tê-los? Não”. Mas será que um guarda-chuva realmente vai mudar o fato de ficar molhado ou não?
E algumas "coincidências" (sim, entre aspas) sempre costumam acontecer, como por exemplo, só chover nos dias que você sem querer tirou o guarda-chuva da mochila, ou até mesmo saiu de casa só com a carteira e o celular no bolso. Essas ocasiões só fazem a gente se sentir mal, com aquela sensação de incompetência e deficiência que ninguém deveria sentir.
Sem contar que, quando chove, usamos o guarda-chuva, e temos que entrar em algum lugar, como no ônibus, trem ou até mesmo em algum estabelecimento, o guarda chuva começa a respingar água e molhar tudo e todos, deixando aquele rastro de água, apenas esperando algum desavisado pisar torto e escorregar. E sempre terá alguém que vai olhar feio para você como se você fosse o culpado do dilúvio lá fora.
No final das contas, quando a chuva está muito forte, sempre se para de baixo do primeiro ponto de ônibus e espera a chuva passar, e quando é uma garoa boba, não faz mal nenhum se refrescar com as águas do céu.
Hoje por exemplo, tinha acabado de sair da estação de metrô e fiquei na fila do ônibus, quando de repente toda a água do céu despenca sobre os pobres humanos paulistas. Me recolho, e já penso em esperar um pouco de baixo da banca de jornal ali próxima, quando uma garota branca, loira do cabelo liso, dessas que vemos em todo lugar mas que não deixava de ser muito bonita, diz:
- Quer carona? - Oferecendo seu guarda-chuva.
Naquela hora a única coisa que consegui pensar foi: Deus, ainda bem que eu não acredito em guarda-chuvas.

4 de fevereiro de 2015

Anestesia

O problema da loucura, é o tormento da sanidade.
Estar vivo com os olhos aberto não ajuda em nada.
Não tente sentir, só piora a condição.
Se tentar, não será sozinho,
pois é nesse momento que entram as drogas,
onde uma pequena tragada,
picada,
e até um amargor na boca,
serão as únicas coisas que você sentirá por muito tempo.
Boas ou más,
não importa mais.
Então vem o vicio,
não da droga,
mas das sensações a muito perdida na sobriedade de sua vida.
Comece a se preocupar quando não souber se está acordado ou dormindo,
se está bem ou se está mal,
se está louco ou se está são.
Perguntas só gerarão mais perguntas
e a resposta inevitável,
dolorosa e vil,
será lembrada em todos seus míseros pequenos e inúteis ataques de ansiedade
de que
nunca houve momentos bons.
A solidão te circundei-a,
torça e grite pela morte, como sendo a solução
pois até agora nada preenche o vazio,
e ninguém responde nada nessa louca sanidade.


6 de janeiro de 2015

[TRECHO] todos os melhor vaqueiros tem problemas paternais

- E esse jogo de faca foi sem dúvida a pior aquisição que essa família fez, pelo menos nos últimos 22 anos que eu vivo nela! - Exclamou o filho ao tentar corta um pedaço de seu contra filé, e não conseguindo pois a faca que esta usando não tem corte algum.

O Pai deu risada.
Gargalhou como nunca antes. Sim, até aposto que nunca antes na vida daquele senhor, ele tinha dado tanta risada como naquele almoço de sábado.
O filho como sempre estava emburrado por alguma coisa, mas mesmo assim deu alguns sorrisos, principalmente ao ver sua mãe de risetes profundos (por causa dos risos do velho, mas o que importava ali, naquele momento, era apenas a felicidade de sua Mãe).
E vendo todos sem fôlego, o filho continuou a piada.
- Sério! Todas essas facas novas, do cabo verde que vocês compraram... Sério, não dá pra cortar nada com ela! Quanto vocês pagaram nisso? Não, eu to falando sério! Vocês alguma vez? Me escuta! Alguma vez vocês já tentaram cortar alguma coisa com elas?

E os berros de alegria não paravam nunca.
Foi uma boa tarde que aquele família teve. Principalmente pra'quele Pai e filho.
E depois de não tanto tempo, esse filho percebeu que na realidade, aquela foi a unica tarde boa que eles tiveram naquele ano que estava indo embora.