E hoje mais uma vez fui criticado sobre as coisas que escrevo e publico.
Pois logo disse que ele não faz ideia das coisas que escrevo, e não publico.
Me veio com argumentos politicamente corretos, e disse que simplesmente não tem graça, ou que não faz sentido algumas coisas que eu escrevo.
Disse que era crime!
Palavras de preconceito... puff.
Afinal, o que veio primeiro?
O crime ou a piada? A piada ou o crime?
Acho que a seguinte questão é: do que posso falar, e do que não posso falar?
Expressão artística não é desculpa!
Na livraria vi um livro chamado "isso é arte?" discutindo essa bendita arte contemporânea que vivemos.
E outro dia vi um jovem que perdeu a virgindade anal em nome da arte... Pois é, cada um expressa do jeito que convêm.
Sério, sabe o que eu acho?
Acho que posso falar de tudo e de todos.
Afinal, são os meus pensamentos, minha forma de pensar. E se uma piada não deu certo pode ter certeza que não foi feita num sentido depreciativo.
O difícil é declarar algumas coisa num mundo onde a linha do humor e do crime seja tão tênue.
Alias, a expressão "humor negro" já algo racista.
Porque o humor que não presta tem que ser o negro? Não poderia ser o caucasiano ou o índio?
"Humor da raça ariana - o melhor"
Bendito (ou maldito) seja o SIR. Monteiro Lobato: Preconceituoso do caralho que todos aplaudem.
Sim sim, outros tempos.
Eu sei.
Chega!
Alias palavrão agrega ou não grega valor?
Alias, o que agrega?
Nos meus humildes pensamentos, arte é uma forma de expressão do sentimento, seja ela feita em qualquer uma das nove plataformas citadas por Claude Beylie.
Um jeito de contar uma historia.
O que eu faço?
Eu escrevo.
Expresso sentimentos por palavras (por mais ruim que seje meu português).
Para no final, eu ser julgado sobre o que é licito e o que não é licito dizer?
Argumentos como os citados, são os mesmo que comediantes, deputados e organizações nazistas e racistas usam para disseminar seu ódio, e daqui retorno a questão cerne: o que veio primeiro, o crime ou a piada?
Pois é jovem gafanhoto, pimenta nos olhos dos outros é refresco.
ontem, por exemplo, descobri que tenho um amigo que morre de ri com qualquer piada xenofóbica que lhe é contada.
QUALQUER UMA!
São todos argumentos sobre ser livre, sem interferir na liberdade do outro.
tsc tsc.
Mas o que eu, escritor amador de merda, que nem domina o básico da língua portuguesa quer falando disso tudo?
Do que estou querendo me defender se nem as pessoas que mais importo lê o que eu falo?
Nem meus pais, nem meus primos, nem meus melhores amigos, minha namorada e meus colegas de bar... Ninguém.
Não escrevo pra eles, mas como já diria Chris McCandless - "felicidade só é real quando compartilhada".
Arte, arte, arte. Mas que desculpazinha esfarrapada!
Isso é arte? (além do titulo de um livro vendido por apenas 59,90 na livraria cultura para clientes +cultura). O que é arte?
Liberdade de expressão vai ser o que o juiz vai me responder em tribunal. Tentei aqui dar um manifesto, e falhei miseravelmente, onde não consigo nem me expressar sem ofender alguém, e não chegar a uma conclusão sobre o que pode e o que não pode.
Quantas questões.
Sempre é mais fácil desistir.
Afinal, porque eu tanto escrevo então?
Pra quem?
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