Dizem que nesses casos, a coisa é completamente machista.
Já pensei sim na hipótese, mas nesse caso especifico não creio que “machismo” seja a resposta. A resposta é Juliana.
Mas antes da resposta, a pergunta é: O que Juliana Tem?
Amor também não pode ser. Há quanto tempo eu conheço Juliana? Um ano e meio? Menos?
Além de tudo eu não acredito em amor a primeira vista. Um sentimento tão terno e forte, não pode surgir da noite da noite pro dia somente por aparecer. Somente pela beleza de alguém.
O amor está no convívio, não na beleza.
E nesse caso faz muito sentindo, pois Juliana não é a dita mulher bela. Mesmo com o conceito de beleza ser tão subjetivo, é de sabedoria popular que Juliana não é bonita.
Mas Juliana também não é feia. Juliana apenas tem uma beleza diferente, apenas não está expressa no seu rosto tão nitidamente. Juliana é bela nos sentimentos e movimentos.
Juliana é magra. Muito magra. Mas também não é um incomodo. Só acho que ela vai quebrar um osso qualquer dia desses.
Juliana é quieta, muito silenciosa. Só fala quando expressamente necessário. Talvez isso tenha a ver com sua timidez. Juliana é tímida. Muito tímida. E isso sim é um incômodo pra mim, pra ela, para o mundo.
Mas sua voz é doce e acolhedora. Até quando dita o mal, é bonito de se ouvir. Juliana é sua amiga, você sabe disso. Aquele tipo de pessoa que é amiga de todos.
O que eu quero de Juliana?
Juliana.
As pessoas falam que meu sentimento é machista, porque homens só se apaixonam por mulheres que não podem ter. Mas isso é mentira. O amor nasce de várias formas, embora por exemplos práticos, seja de conhecimento popular que da forma citada também seja verdadeira.
Mas eu nunca tive todas as garotas que eu queria.
Entre mulheres sem importância e mulheres que me queria, eu sempre saio perdendo. Como se minha opinião não existisse na minha própria vida.
Mas hoje eu vou ver Juliana. Amanha e depois.
Nunca disse tudo isso para Juliana, mas me pego pensando às vezes: porque não posso ter Juliana?
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