31 de julho de 2014

Xenofobia

Coautoria de Claudia Nunes, Hermes Neris e Isadora Magalhães

Selma era uma jovem colega de trabalho. Todos no escritório estavam na flor da idade, bonitos e festeiros. A era de ouro.

Selma era tão festeira que as 50 pessoas na festa de inauguração do seu primeiro kitnet apertado no centro da cidade, já há 5 anos, está na boca do povo até hoje. Épica! Tanto que no primeiro mês que estava morando numa garbosa casinha vermelha na alta Pompéia, 15 minutos do terminal da Barra, fez uma pequena reunião com o pessoal do serviço.

Coisa pequena. Vinte e poucas.

Entre um baseado, cerveja, MPB e catuaba, conheci uma das moradores de tal belo casebre: Isadora. baiana tropicana, advogada com o mais sensual sotaque soteropolitano que a terra da descoberta poderia dar.

Naquele dia aprendi muitas coisas com Isadora. No sofá, junto com algumas pessoas, entre a rádio tocando e o Paulo procurando o Beck, Isadora nos contemplou com as mais belas histórias da tradição e do folclore BR.

Isadora disse que a primeira filha de um casal, sempre era recebida ao mundo com um lindo canto do pai, parentes, enfermeiros e médicos durante o momento do parto: Minha pequena Eva/ Eva!

Isadora nos contou que os votos de casamento são diferentes daqueles católicos tradicionais, - Autorização direta do Vaticano, pois perceberam a forte tradição do povo e que também não fere a palavra de Deus - e são compostos pelos versos: Oh (nome da pessoa) / mil e uma noites de amor com você,/ na praia, no barco,/ no farol apagado,/ no moinho abandonado numa grande alto astral./ Lá em Hollywood, pra de tudo rolar/ vendo estrelas caindo/ vendo a noite passar,/ eu e você,/ na ilha do sol./ Eu e você na ilha do sol./ Eu e você na ilha do sol./ Do sol! (aceitável leves modificações).

Sobre a culinária Baiana, Isadora foi categórica em dizer: É tudo feito de carne. Tanto que, o que nós paulistas conhecemos com 'pão', aquele bolo de trigo inchado adquirido no padeiro do Seu Zé mais próximo de sua residencia, na Bahia é aquilo que nós chamamos de 'kibe', aquele bolo de carne prensado adquirido na lancholícia mais próxima de sua residencia.

Todos acordam pontualmente às 7 AM. 7:30 AM todos na mesa pro café. O menu é longo: Tem rabada, arroz tropeiro, feijoada com sarapatel. E claro... Muito pão com manteiga, AKA kibe com carne louca.

Até chegar a hora do almoço, um bife a cavalo com porção de toicinho. No almoço mocotó com caldo de jenipapo, mocotó com pão, bode assado com farofa de carne seca, bolovo com bacon frito na gordura de embu, buriti e mocotó.

Para tampar o buraco do estomago até a janta, muito pão com ovo na banha de porco. Uma jantinha básica, e pra finalizar o dia uma bolacha cream cracker acompanhado de um copo quente de leite de cabra com toddy antes de ir deitar. Sem contar é claro, dos assaltos noturnos à geladeira.

Isadora também falou sobre a tradição que os locais tem de receber os visitantes nos aeroportos e rodoviárias do território baiano. Alguns políticos até diziam que tal corinho era incentivo ao turismo sexual, mas foram tombados na votação da câmera em 2003. O episodio ficou tão famoso, que até o ministério do turismo fez um comercial com o famoso refrão dos batuquistas: É o novo som de salvadô,/ é o novo som de salvadô,/ paquerê, paquerô! (repete ∞ vezes).

Outro refrão famoso no grande êxodo rural, onde o estado perdeu grande parte da sua população masculina para estados mais industrializados, as mulheres, mães e esposas que ficaram sozinhas cantavam em coral: Eu fui embora e meu amô chorô,/ eu fui embora e meu amô chorô,/ vou voltar,/ vou voltar./ Eu vou nas asas de um passarinho,/ eu vou no beijo de um beija-flô / o tictictac do meu coração,/ renascerá!/ Timbalada é a semente de um novo dia,/ nordeste, sofrimento, povo lutador,/ entre males e montanhas com você eu vô!/ Amor é só me chamar que eu vô!/ EU VÔ!.

Isadora ficou horas contando suas experiências.

O Beck e o Paulo estavam rindo alucinados no sofá. Selma achou tão interessante que já virou rotina, em todas suas festas, o pessoal forma uma roda perto dela pra poder contar sobre esse diferente folclore.

Já eu?

Eu adorei conhecer Isadora. 

23 de julho de 2014

Nosso Breve Resumo Até Aqui

Aee.
Gritei pela primeira vez.

Guria, Guria, 
moça menina.
Me tira do sério,
a noção de quem sou.
Sem demora entro em questão:
Se logo estou aqui,
como faço para chegar aí?

Tu bem disse que o caminho era difícil,
mas quão custoso
é o acesso do seu coração?

Sim,
admito que estou pulando estágios
pois nunca próximo te mirei,
não no intuito citado,
o considerável.
Te assitia a distância,
como um cão sedento
pela vitrine do polhastro da panificadora.

Era sede que sentia.
Sede que sinto.
Sedento por você.
Seu gosto,
saboroso.
Também da vitória do árduo caminhar,
mas em suma,
da vontade de ti acalantar.
Saciar a abstinência 
negada de imediato
do vício frenético
da minha obsessão 
criada por ti. 

Te via cruzar
linda, em prumo,
cheirosa, sofisticada,
graciosa e valiosa.
Desejável.
Mesmo um poeta fica
sem palavras para descrever 
o momento do teu movimentar.

Esperei o ensejo perfeito.
Eu de ninguém
queria me transmutar Nele.
(Assim mesmo, em maiúscula). 
Ideia cobiçosa,
mas no fim do rumo
finalmente cheguei.

Das minhas cantigas
te abalei.
Dirás que não,
tão típica de você.
Capciosa e libertina.
Não declamava verdade
nem falsidade 
do puro e simples desejo
que te expressei.
Mas eu bem sabia a verdade
que de tudo, estava a estudar,
pelo mero fato
de ter dito um basta de se machucar.

Sua voz doce,
do aparelho telefônico,
me transmitiu 
a falsa calmaria
da sua real essência.
Me salivou e me fez ter certeza.

Foi trabalhoso,
batalhar com tal retórica
foi que me fez perceber
que de guria moça menina
tu nada disso tinha.
Como de moça bonita
vira mulher imponente?
Independente.
Melancólica pela vida,
sofrida de desamores,
de quem fez escolhas cedo
e tarde demais vislumbrou que foram perdidas.

Do rompimento
da sua lista de insatisfação
me apeguei como atribuição.
Não por pedido,
mas por obrigação.
Sei que não precisa de mim,
e minha ajuda é ralé
pra quem chegou sozinha aí.
Afinal,
o que um canalha vadio 
pode fazer por ti?

Pelo triunfo menti naquela hora.
mas agora grito
que teu sorrir é minha pífia sina.
Sei que te faço rir,
risco uma.
Te faço bem,
essência e dia-a-dia.

Gritou passividade
e perguntei tal duração.
Pelo visto
paciência foi minha virtude
mais apreciada,
Com temperos de insistência
de quem enchia sua caixa postal,
De homem decidido,
de quem sabe o quer.

Duvidou de mim após a primeira rejeição.
Não queria,
não me afastaria.

Desdenhou do meu roteiro,
o mesmo que me fez te beijar.
Não ainda,
mas a proximidade clama,
e tenho certeza 
que dessa semana não se abana.

Fui empenhado,
Admito.

Escrevo isso
sem motivo.
Nada demais,
tudo que sabe
e tudo que foi dito.
Nosso breve resumo até aqui.
Apenas dedico à você,
sem maliciosas intenções,
sobretudo porque,
já tenho você.

Não prezo mais pela conquista,
apenas pela administração do domínio.
Te dedico simplesmente,
pois também bem sei ,
que de ninfeta desamparada 
você não tem nada.
Mas todo poeta tem uma inspiração,
e que mulher não se derrete
por delicadas poesias 
e a totalidade do seu som?

17 de julho de 2014

Poema da Moça Perdida

Moça de cachos fáceis
e sorriso dissimulado.
Encantamento efêmero
da brutal urbanidade.
Beleza vista a distância,
momento de encanto no subterrâneo.

Blusa vermelha listrada,
mochila cheia desengonçada.
Momentâneo gozo
perdido na multidão.

Maldito aquele que ocupado está,
mas, bendito aquele que ti deslumbrar.

Vou te procurar,
mas não vou te achar.
Apesar,
contente por te ver passar.

---

15 de julho de 2014

Canalhas Urbanos #02 - O Aluno e a Atriz

Epilogo do Aluno

O Aluno está apenas de cueca deitado na cama do quarto do motel. Está mexendo no painel ao lado procurando uma rádio legal. A Atriz sai do banheiro enrolada numa toalha e senta próxima dele.

Ela pede um beijo. Ele retribui e desliga o rádio.

AT - Porque desligou? Essa música é ótima!
AL - Tenho quete fazer uma confissão.

A Atriz se ajeita na cama um pouco tensa. Ele senta do lado dela e pega em sua mão.

AL - De todas as atrizes daquele filme... Você era quem eu mais sentia tesão. - Diz segurando o riso.

A Atriz começa a rir despreocupada.

AL - É serio... Porque você esta rindo? - Rindo também - Você de calcinha vermelha... Que delicia era ver aquilo todo dia!
AT - Que bom... Eu ficaria brava se não fosse! - Diz rindo.

Ele começa a beija-la e a deita na cama, tirando a toalha molhada de seu corpo delicadamente.

Tomo Primeiro - do primeiro (re)encontro

A Praça Roosevelt estava toda decorada com bandeirinhas de festa junina, uma fogueira no meio da praça, e a grande maioria das pessoas vestida de camisa xadrez. Por sorte o Aluno e seu amigo Editor estavam trajando camisas flanelas xadrez também.

Por eles passa uma mulher baixinha de cabelo channel. O Aluno fica olhando pra ela tentando reconhece-la.

AL - Eu conheço aquela mina!
ED - Conhece nada!
AL - Juro... Ela é atriz, editei um longa com ela.
ED - Sério?
AL - Juro... Tenho quase certeza que é ela...
ED - Chama ela - Duvida dele.
AL - Vou chamar...
ED - Vai nada... 
AL - Hey... - Grita o Aluno para a Atriz.

O Editor se esconde de vergonha na própria palma da mão, e ela olha curiosa.

AL - Aquela comédia erótica sai ou não sai?
AT - O que? - Se questiona intrigada. - Que... Quem é você?
AL - Eu fui um dos alunos editores de um filme que você atuou... Lembra? Faz uns 5 anos já!
AT - Sim... Claro que eu lembro... Nossa quanto tempo!
AL - Pois é... Fiquei de olhando e pensei: Conheço aquela moça de outras telas!
AT - Quanto tempo... Até me esqueci deste projeto... Que saudade.
AL - Nem me fala... Faz tanto tempo que não falo com o Diretor.
AT - Nossa... E eu então? Lembro que uma vez ele convidou todos os atores prum bar pra mostrar o primeiro corte do filme...
AL - Sim, nós que fizemos esse corte!
AT - Então... Acho que essa foi a ultima vez que eu o vi.
AL - Também estava no bar esse dia... Mas a gente não conversou muito... - Diz um pouco melancólico. 
AT - Última vez que o viu foi lá também?
AL - Não... Uma vez fomos em outro bar... Só os alunos editores, e a gente conversou lá, mas ele não tinha muitas novidades sobre o filme não. Vi uma vez que ele postou na internet que tinha mandado um projeto incompleto para Cannes, só que a banca não aceitou.
AT - Nossa... Eu não sabia disso...
AL - Tem que se informar! - Diz rindo.
AT - Mas como era esse curso? Eram vocês que editavam?
AL - Eu tava até falando pro meu amigo - Indica o Editor - Você conhece bem o ego do Diretor né?
AT - Sim... - Rindo - Megalomaníaco!
AL - Exato... Esse era o termo que estava procurando: Megalomaníaco!
AT - Tem que se informar menino! - Tira o sarro do Aluno.
AL - Enfim... - Rindo com ela - O diretor em toda sua eloquência quer lançar no cinema 4 versões do mesmo filme!
ED - Nossa... Sério? Como isso?
AT - Ele comentou comigo... Cara maluco! - Dando risada.
AL - Ele gravou o mesmo roteiro com 23 atrizes e 23 atores, ou seja, tem material pra caralho. - Explica.
AT - E ai você pode brincar com isso...
ED - Fazendo várias montagens do mesmo filme. - Interrompendo a Atriz.
AL - Exato... E ai ele ministrou um curso de edição de vídeo, onde os alunos aprendiam a usar no sofware e tambem editava o filme dele. Eu era um desses alunos que estava editando uma das 4 versões.
ED - E as outras?
AT - Uma era dele né? Outra de um amigo e a outra era um mistério.
ED - Um mistério?
AL - Provavelmente será ele mesmo que vai editar... Mas ele não quer contar!
ED - Adorei!
AT - Ele é maluco! Mas tomara que dê certo... Alias... Depois de tanto tempo o que será que aconteceu? Será verba? Finalização? O que está faltando pra esse filme sair gente? - Simulando desespero.
AL - Sinceramente não sei... Mas se fazer um filme já é difícil, imagina quatro?
AT - É verdade...
ED - E sobre o que é o filme?
AT - Relacionamentos! - Diz junto com o Aluno.
AL - Putaria! - Diz junto com a Atriz.

Todos começam a dar risada.

ED - Sobre a putaria dos relacionamentos então?
AT - Sim... Um pouco sobre isso.
AL - São dois personagens falando pela internet, mas um não vê o outro, é apenas por voz. Um tentando conquistar o outro, e assim, eles ficam se masturbando o filme todo!
AT - Por isso de todos esses atores e atrizes... Porque quando você conversa com alguém que não conhece pela internet, você não faz ideia de quem ele pode ser. Pode ser qualquer um.
ED - Genial... To gostando desse cara!
AT - Ele era genial... Todos os takes estavam lindos...
AL - Sim é verdade... A estética estava linda mesmo...Mas eu to tentando lembrar da estética da sua parte... Me esqueci...
AT - Eu tava num quarto todo menininha, rosa, com uma decoração super fofinha e...
AL - Não... - Interrompe rindo - Como você estava vestida?
AT - Ah... - Fala com vergonha - Tava de baby doll cinza, se não me engano, e de calcinha vermelha.
AL - SIM! Lembrei... Como fui me esquecer de você de calcinha vermelha...
AT - Ah... Como você é bobo! - Diz rindo. Sem graça, ela olha pro lado e vê um conhecido - Ah... eu vou ali falar com meu amigo e já volto tá?
AL - Beleza... Vai lá!

Enquanto ela vai indo embora o Editor e o Aluno ficam olhando pra ela. O Editor vira consternado para o Aluno.

ED - Você já viu ela só de calcinha? Calcinha vermelha?
AL - Já - Diz metido. - De calcinha fio dental vermelha... - Saboreando a lembrança.

Ela continua conversando com seu amigo, enquanto os dois não tiram os olhos dela.

ED - Você quer pegar ela, não quer?

O Aluno a finta sem parar, enquanto ela nem percebe que esta sendo observada.

AL - Se ela voltar aqui, eu pego!
ED - Quem você não quer pegar? - Pergunta irônico.

Ambos continuam olhando pra Atriz, que está conversando e dando risada com seu amigo.

ED - Ela não vai voltar...

O Aluno continua olhando por vários segundos, até que desiste e se vira.

AL - Vamos embora... Ela não vai...
AT - Gente - Chega ela de surpresa - Ta rolando uma festa da ocupação lá no vale do Anhangabaú... Vocês querem ir?
ED - Pra falar a real eu to indo embora... Tenho umas coisas pra escrever ainda... Você vai ficar? - Pergunta pro Aluno.
AL - Acho que vou... Você vai sozinha? - Pergunta para a Atriz.
AT - Não... Vou encontrar meu amigo, ele esta tomando cerveja num bar lá embaixo... Conhece o Bar do Osama?
ED - Nossa... É super caro lá!
AL - Ah... Amigo... Se...Seu namorado? - Pergunta curioso.
AT - Não - Diz rindo - É meu amigo. Ele namora. Eu sou Solteira. Apenas. - Continua rindo.
AL - Ah entendi... - diz sem graça.
ED - Beleza então gente - Diz dando um abraço no aluno, e se despedindo da Atriz - Tô indo já!

Aluno e a Atriz observam o Editor ir embora. A Atriz indica o caminho, e os dois começam a andar e conversar.

---

Tomo Segundo - da caminhada da decepção

O Aluno e a Atriz estão descendo a Rua Martins Fontes, rumo ao Bar do Osama, próximo ao metrô Anhangabaú. 

14 de julho de 2014

Sobre FIFA World Cup Brazil 2014 - 7/7

Se o técnico holandês desprezou tanto a disputa do Terceiro lugar, porque não deixou pra gente?
A gente não desprezava tanto assim.

Finalmente chegamos no 7º passo da seleção brasileira.
Não o que queríamos, mas é o que temos.

Quando comecei a escrever essas crônicas sobre a copa do mundo, tive a audácia de anunciar 7 partes, um texto para cada jogo do Brasil. 7 pois são 7 jogos que precisam ser jogados desde a fase de grupos até a grande final. E fiz isso como se já fosse fato de que o Brasil fosse ser o campeão deste campeonato.
Sim, acreditei. Conspiratório como sou, depois daquele primeiro jogo achei até que D. Dilma tinha comprado a FIFA. O que faria muito sentido dado nosso estado político atual. Mas não.
A copa das copas, era o que estava sendo anunciado para todos os ventos.
E realmente foi.
Uma copa do mundo tão inacreditável, que o dono da casa, o grande favorito, tomou 7 gols numa semi-final. Onde mais poderíamos ver isso?
Não que a opinião dele realmente importe, mas Blatter disse que foi a melhor copa que ele já viu! E olha que ele já viu muitas copas hein...
Em resumo, éramos uma seleção fraca que teve sorte de chegar até onde chegou, mas caiu no primeiro grande obstáculo. 
E saímos mancando...

Sobre a final digo: O medo é da zoeira... O que podemos fazer é esperar uma vingança Alemã...
E o que mais irrita é ver nosso principal rival, a seleção da Argentina, que tinha um seleção muito parecida com a nossa: Um craque e o resto - na final da copa do mundo. Visivelmente mais preparada que a gente, mas será que eles realmente mereciam estar na final da nossa copa?
Ganhar jogo de Pênalti não é muito honrado e válido... Lida-se com a sorte, não coma habilidade. E a Holanda é muito mais habilidosa do que da Argentina.
E mais habilidosa que a nossa tambem... Mas antes de começar o jogo ninguém fala nada.

E assim chegamos aqui... Brasil e Holanda para disputa do 3º lugar.
A pequena sétima parte deste grande ato.

--- Do jogo

Humilhados contra a potente Holanda.
O jogo mal começou Thiago Silva, Aquele que tanto sentimos falta, puxa a camisa de Robben. Bem marcada, se não fosse o fato da falta ter acontecido fora da área, e o Juiz marcou um Pênalti.
Brasil 0 x 1 Holanda. 2 Minutos de jogo. Medo da média se manter.
O primeiro chute de oscar foi depois dos 20 minutos, onde o placar já marcava 2x0.
Pouco se fez. Até no segundo tempo com todas as mudanças que Felipão fez: Hernanes e Hulk... 
A coisa é tão feia que quem tava dando dica de jogo para Thiago Silva era o menino lesionado Neymar.
E pra finalizar com chave de ouro, um gostinho da especialidade holandesa, um último gol aos 15 minutos.
Finaliza com 3x0.
Minutos depois, já no final do acréscimo, eles finalizam de novo e trocam o goleiro (só pra zuar).

Para ser bem sincero não teve diferença nenhuma entre o jogo contra a Alemanha e a Holanda.
Apenas o saldo de gols porque a desestrutura Brasileira foi a mesma.
E se não mudar nada dentro da CBF dentro dos próximos 4 anos, também não vai ter hexa em 2018.
Não adianta nem cismar. 


E foi assim que acabou.

12 de julho de 2014

Ideia de Nós

Para Nathália Bancalero
1º tratamento

Como canalha citadino
toxicomaníaco do regojizo carnal
em suma admito:
Dos conservadorismos fraternais que ti carrega,
urino em contentamento efêmero.

Conclusivos dirão que não.
outrora cantaria que tal sina não existia,
mas com o hábito
tu percebi.

Tenho a ideia de nós,
como um.
Visto isso, explico:
Nós.

Acerca de mim,
nenhuma pronuncia apagará meu passado,
nem libertinagem, nem tripúdio.
Mas não sou capcioso em dizer
desta minha omissão
para ti acalantar.

Acerta de você,
inocência maior não há,
violenta das imoralidades
uma infante apaixonante.
Considero sua licença como caução
do meu ser vil.

Não peço ensejo
é de natural porvir esse fado.
Deixa de ser ideia
quando nós somos ela.

Por fim
acerca de nós,
nós.

11 de julho de 2014

Sobre FIFA World Cup Brazil 2014 - 6/7

Sim... Eu acreditava.

E começa o jogo no Mineirão.
5 Alemanha 0 Brasil.
Insisto em ver até o final do segundo tempo.
7x1.

Não pareceu ter 90 minutos. Foi o jogo mais rápido da copa.


PS.: (Post Scriptum ou de Pêsames)

Culpar Felipão agora é facil. Em 2006 tanto choramos, em 2010 tanto gritamos: VOLTA FELIPE! Aqui está ele! Porque brigar agora?
Sim 7X1 é um placar vergonhoso, humilhante e histórico. A maior derrota de todos os tempos. Tantos títulos para nossa derrota, que perdemos as contas dos records que batemos.
Não Neymar não ia mudar em nada o resultado, talvez Thiago Sllva no meio de campo fecharia um pouco mais, mas mesmo assim agora é irrelevante.
Após o jogo do Chile vimos a seleção chorando, e todo mundo dizendo "isso mesmo, chore, é bom pro coração", mas não prestamos atenção ali um forte sinal de fraqueza psicológica e emocional. Pois foi exatamente a falta de estabilidade psicológica que fez o Brasil tomar essa goleada.
E não era só a seleção que estava assim, era a nação inteira.
Todo mundo sabia que o Brasil não tinha enfrentado nenhuma seleção forte, pegou uma chave fraca, e mesmo assim teve trabalho de chegar onde estava.
Choramos com México! Choramos com Chile!
Passamos na sorte, mancando, sem habilidade. Vibrávamos com nossas falhas vitórias e não nos damos conta do buraco que tinha nessa seleção. MESMO COM NEYMAR LÁ NA FRENTE!
Então vem a Alemanha em sua ótima campanha!
Alemanha que nem suou a camisa jogando. Alemanha que no segundo tempo ficou brincando com a gente, porque se quisesse fazer mais 10 gols não ia ter ninguém para impedir. A Alemanha preparada.

O pior de tudo é... Ninguém liga pro 3º Lugar.
Mas todo mundo liga pra um 7x1.

5 de julho de 2014

Sobre FIFA World Cup Brazil 2014 - 5/7

Não sabia o que era medo... 
Até o final do jogo.

Admito que duvidas pairavam sobre minha mente perante este jogo.
Cá entre nós, onde estava aquele futebol magia que nossa seleção sempre nós deu? 
Nessa copa as coisas estão complicadas. Não só para o Brasil.
Seguido daquele empate com o México, e aquele jogo doído contra o Chile, após ver a performance da Colômbia nessa copa, estava em estado de choque.
MAS PASSOU.
Tiago Silva, tão quietinho, fura a zaga inteira e converte: 1x0. GOOOOOL!
Estava bem mais calmo!
Mas calmaria veio por pouco tempo, no segundo tempo aquele homem que fez o gol virou um menino e tomou cartão amarelo. Não vai jogar contra a gigante Alemanha. Mas ok, ainda temos o Neymar... (ch-ch-ch-choro).
Então vem Colômbia com um Gol... Assustou, mas logo veio o grito de satisfação ao saber que estava impedido!
Ok, mas sem problema nenhum, veio o menino de ouro: DAVID LUIZ, com o chute certeiro na cobrança de falta.
O medo estava muito longe dos sentimentos que passamos durante esse jogo, mesmo com o Julio Cesar tomando cartão amarelo (que cá entre nós, foi merecido sim, RS) todo mundo estava tranquilo. Estava confiando no goleiro que nos trouxe pras quartas de finais... GOOL!
2x1 que poderia ser um 2x0, mas sem problema tambem.. O jogo está acabando e nada mais pode acontecer...
41'
...

Em 1962 Pelé tambem saiu da copa porque se machucou. Logo entrou Amarildo que salvou a seleção, e trouxe o titulo pra casa.
Mas agora eu Pergunto CADE O AMARILDO?
A PMRJ tirou o hexa do povo! CADE O AMARILDO?
Como fazer contra a Alemanha sem o capitão e sem o menino boleiro Neymar...

Treta has been planted.

O Segredo das Mulheres Apaixonantes #25 - Anne

"À paz mundial, ao sexo animal e a sacanagem": esse foi um brinde tranquilo de Anne.

Anne é loucura. Fora de compostura. Despedida do discernimento. Anne é compreendida na incompreensão, animalesca, selvagem com limão, sexualidade não reprimida, mulher dominante, o martelo final. Diga onde Anne vai, que discípulos seguem. A luz no fim do túnel, a esperança de loucuras num final de semana ocioso. 

Anne.

Ela sempre diz que não vai virar na rua, digo que é mentira. Anne te leva ao fundo do poço e dá risada. É onde eu quero estar. Você é estatística, vai virar história em roda de embriaguez. Anne é embriagada.

Uma vez fomos comprar etílicos juntos. Pela verba, a questão era se comprava refrigerante para misturar com a vodka ou não:

 - Ah! vamos beber no pêlo!
 - Não fala no pêlo que o coração já machuca. - Exclama sóbria.

As frases de Anne. Espere qualquer tipo de coisa vindo dela. Exaltada, sóbria, chapada, Anne é estado de espirito antes de qualquer coisa. 

Anne foge da condição de mulher comum. Anne é distração, apaixonante. 

Sexo com Anne é caviar, todos querem, quase poucos tem. Sonho de consumo. Anne é consumista. Explicito, vontade e paixão. Animalesco.

Anne dita moda, cria amigos como ideias e gado, apaixonada pelo momento. Cria planos que dificilmente serão findados. Ela fala isso pra todos. Sorte de nós, pobre de nós. Anne é instabilidade.

Anne é droga, sem ela é abstinência. Raro com ela, maldito sem ela. Não conheço alguém que viva bem sem doses frequentes de Anne.