17 de julho de 2014

Poema da Moça Perdida

Moça de cachos fáceis
e sorriso dissimulado.
Encantamento efêmero
da brutal urbanidade.
Beleza vista a distância,
momento de encanto no subterrâneo.

Blusa vermelha listrada,
mochila cheia desengonçada.
Momentâneo gozo
perdido na multidão.

Maldito aquele que ocupado está,
mas, bendito aquele que ti deslumbrar.

Vou te procurar,
mas não vou te achar.
Apesar,
contente por te ver passar.

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  • Considerações
Quinta-feira estava no metrô paulistano, por volta das 19h, quando na estação da linha vermelha, Santa Cecilia, entrou uma das maiores belezas que essa cidade já teve.

Olhando pra ela pensei: não posso deixa-la simplesmente ir embora. Logo peguei um papel, e me pus a escrever algo qualquer, sem qualquer intenção. Apenas ali, queria falar sobre sua formosura, e do quanto me senti feliz em vê-la nem que fosse por apenas aquele momento.

Chegamos na estação República, onde eu descia, e ela desceu tambem. pegamos a escada rolante junto, e quando eu finalizava meu escrito, olhei pra cima e ela já havia sumido.

Olhei pra cima e pra baixo, pro lado e pro outro, mas já estava tarde demais. São Paulo é assim, tudo que te dá, te tira sem nenhum pudor.

O que sobra são minhas memórias, e meu poema.

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